quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Ele senta perto de mim e segura minha mão. Não sei ao certo se pra mostrar carinho, abrigo, atenção ou companhia. Mas ele é assim: sempre perto, sempre ao lado. Na frente, só se for pra proteger. Atrás só se for pra ser guiado. E, por que não, vice-versa? Ele se manifesta em todos os sentidos, em todos os momentos, em todas as escolhas importantes e óbvias. Mostra aquilo que eu demoro pra perceber, por ser distraída demais, esquecida demais, teimosa demais. Acorda com um sorriso de dá inveja. Toca meus cabelos e sussurra ao meu ouvido. Entra embaixo do meu lençol e se embola comigo por mais 10 minutos. Beija como se o mundo fosse acabar no próximo segundo... Canta desajeitado, de um jeito que só ele sabe rimar, de um jeito que só eu sei apreciar. Descansa em meu peito, beija meu pescoço e pergunta se me faz feliz (e o corpo todo se arrepia e responde por mim). E eu agradeço a Deus e ao anjo mal intencionado que colocaram o céu e inferno se alternando naqueles lábios... Como é bom o bem que ele me faz...

Déborah Simões Colares

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