segunda-feira, 30 de agosto de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
"Está fazendo um lindo dia de outono. A praia estava cheia de um vento bom, de uma liberdade. E eu estava só e naqueles momentos não precisava de ninguém. É difícil, porque preciso de alguém para repartir o que sinto. O mar estava calmo. Eu também, mas à espreita, em suspeita, como se essa calma não pudesse durar. Algo está sempre por acontecer. O imprevisto me fascina!"
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Hoje eu quero bem pouco e prefiro me concentrar no agora do que planejar um futuro incerto. Eu me libertei da culpa e dei de cara com algo novo: não me encaixo, e aceito. Não é justo perder as asas no momento em que se descobre tê-las. É preciso poder voar, é preciso ter uma visão estratégica das janelas. Ver o sol e não poder tê-lo é absurdo."
(Verônica H.)
(Verônica H.)
domingo, 22 de agosto de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Não
Não: devagar.
Devagar, porque não sei
Onde quero ir.
Há entre mim e os meus passos
Uma divergência instintiva.
Há entre quem sou e estou
Uma diferença de verbo
Que corresponde à realidade.
Devagar...
Sim, devagar...
Quero pensar no que quer dizer
Este devagar...
Talvez o mundo exterior tenha pressa demais.
Talvez a alma vulgar queira chegar mais cedo.
Talvez a impressão dos momentos seja muito próxima...
Talvez isso tudo...
Mas o que me preocupa é esta palavra devagar...
O que é que tem que ser devagar? ...
Álvaro de Campos
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
Assim, qualquer pessoa, no momento apropriado, poderá enlouquecer. Não há quem escape desse perigo. É sobre isto esta história: sobre a loucura que iguala os homens. Os homens são desiguais. Sim. As cores os tornam diferentes. As raças. As religiões. O Ocidente e o Oriente. As línguas. Os sexos. Só a loucura os iguala. A loucura e o amor. O que dá no mesmo.
Fernanda Young
sábado, 7 de agosto de 2010
Quando a tarde engolia aos poucos
As cores do dia e despejava sobre a terra
Os primeiros retalhos de sombra
Eu vi que Deus veio assentar-se
Perto do fogão de lenha da minha casa
Chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça
E buscou um copo de água no pote de barro
Que ficava num lugar de sombra constante.
De quem cumpriu a sina do dia e que agora
Eu o olhava e pensava:
Como é bom ter Deus dentro de casa!
Em que tenho direito de ter um Deus só pra mim.
Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos,
Puxar a caneta do seu bolso
E pedir que ele desenhasse um relógio
Bem bonito no meu braço
Mas aquele homem não era Deus,
Aquele homem era meu pai
E foi assim que eu descobri
Que meu pai com o seu jeito finito de ser Deus
Revela-me Deus com seu
Jeito infinito de ser homem.
Deus é pai - Padre Fábio de Melo
Não vou dizer que o meu pai é o melhor do mundo porque seria muito clichê, mas quem liga pra clichê quando se trata de amor e um amor tão real? Amo esse homem que me deu a vida e me ensinou tudo que eu sei e sou hoje. Ele que é meu companheiro, meu apoio, um anjo que Deus colocou na minha vida que me cobre com suas asas protetoras e me ajuda, mesmo que indiretamente, nos momentos em que eu preciso. Nem todas as palavras desse mundo conseguiriam descrever o quanto ele é essencial na minha existência e nem o quanto ele é amado e querido por mim. Quero que os dia dos pais com ele se repitam muitas e muitas vezes e que em todos eu possa dar um abraço bem gostoso e apertado e dizer o quanto é bom ter ele ao meu lado. *-*
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Caio Fernando Abreu
terça-feira, 3 de agosto de 2010
"- Só sei que nós nos amamos muito...
- Porque você está usando o verbo no presente? Você ainda me ama?- Não, eu falei no passado!
- Curioso né? É a mesma conjugação.
- Que língua doida! Quer dizer que NÓS estamos condenados a amar para sempre?
- E não é o que acontece? Digo, nosso amor nunca acaba, o que acaba são as relações...
- Pensar assim me assusta.
- Porque? Você acha isso ruim?
- É que nessas coisas de amor eu sempre dôo demais...
- Você usou o verbo 'doer' ou 'doar'?
- [Pausa] Pois é, também dá no mesmo..."
*-*
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a lembrar de onde é o céu e a perceber que o inferno é onde a gente mora quando tudo é sono. Comecei a sair dos meus desertos. E a olhar, ainda que timidamente, para todas as miragens, sem tanto desprezo, entendendo que havia um motivo para que elas estivessem exatamente onde as coloquei. Nenhum livro, nenhum sábio, nada poderia me ensinar o que cada uma me trouxe e o que, com o passar do tempo, continuo aprendendo com elas. Dizem que só é possível entendermos alguns pedaços da vida olhando para eles em retrospectiva. Acho que é verdade.
Ana Jácomo
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