sábado, 7 de agosto de 2010


Quando o sol ainda não havia cessado seu brilho,
Quando a tarde engolia aos poucos
As cores do dia e despejava sobre a terra
Os primeiros retalhos de sombra
Eu vi que Deus veio assentar-se
Perto do fogão de lenha da minha casa
Chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça
E buscou um copo de água no pote de barro
Que ficava num lugar de sombra constante.
Ele tinha feições de homem feliz, realizado
Parecia imerso na alegria que é própria
De quem cumpriu a sina do dia e que agora
Recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe.
Eu o olhava e pensava:
Como é bom ter Deus dentro de casa!
Como é bom viver essa hora da vida
Em que tenho direito de ter um Deus só pra mim.
Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos,
Puxar a caneta do seu bolso
E pedir que ele desenhasse um relógio
Bem bonito no meu braço
Mas aquele homem não era Deus,
Aquele homem era meu pai
E foi assim que eu descobri
Que meu pai com o seu jeito finito de ser Deus
Revela-me Deus com seu
Jeito infinito de ser homem.

Deus é pai - Padre Fábio de Melo

Não vou dizer que o meu pai é o melhor do mundo porque seria muito clichê, mas quem liga pra clichê quando se trata de amor e um amor tão real? Amo esse homem que me deu a vida e me ensinou tudo que eu sei e sou hoje. Ele que é meu companheiro, meu apoio, um anjo que Deus colocou na minha vida que me cobre com suas asas protetoras e me ajuda, mesmo que indiretamente, nos momentos em que eu preciso. Nem todas as palavras desse mundo conseguiriam descrever o quanto ele é essencial na minha existência e nem o quanto ele é amado e querido por mim. Quero que os dia dos pais com ele se repitam muitas e muitas vezes e que em todos eu possa dar um abraço bem gostoso e apertado e dizer o quanto é bom ter ele ao meu lado. *-*

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